domingo, maio 29, 2005

Eu não falo minguchês!

Oie amiguxxx! Axu que neim deu pa sinti saudadiss, naum eh? O meu picu criativo xta uma coisa de loco! Ax vexes xou axim mexmo. Ixcrevo muito .... Xera ki algueim conxegue intendeh exa porcaria? Naum pexoas normais, soh us miguxos!
Só depois de árdua pesquisa consegui escrever o parágrafo acima em minguchês. Mas o que é o minguchês? É um pseudodialeto utilizado na Internet por adolescentes brasileiros com síndrome de Xuxa . Qual a sua razão de existir? Nenhuma!
O pior disto tudo é que tem até professor de PORTUGUÊS defendendo tais aberrações. Segundo eles, o minguchês “reabilitou a escrita”. Mas penso que se é para escrever “axim”, melhor não escrever, ao menos as pessoas normais não são obrigadas a decifrar tal bizarro dialeto.
Graças ao amplo uso do minguchês as aberrações ortográficas extrapolaram a Internet e ameaçam invadir de vez o mundo acadêmico. Diversas vezes li em trabalhos de colegas meus de faculdade os famigerados “naum”, “eh”, “pq” “intendaum” “istrangeiro” . Será que alguém ainda acha que o minguchês é uma fase?
As abreviações ainda são aceitáveis, pois tornam o bate-papo eletrônico mais rápido. Mas qual é o motivo do acréscimo de letras? Por que escrever “naum” (4 letras) ao invés de “não” (3 letras) e trocar “é” (1 letra) por “eh” (2 letras) ?
Não existe desculpa para o não uso dos acentos gráficos. Se fosse no tempo da Telnet e dos arcaicos scripts de IRC (primeiros programas de bate-papo) ainda haveria uma desculpa, pois eles eram feitos por “gringos” e para “gringos” não sendo possível o uso de acento agudo, til e circunflexo.
Existe quem argumente que esta forma de escrita baseia-se nos sons, para estes deixo a seguinte mensagem: “PUT A KEEP A REAL”!
Tudo bem, eu admito, meu português é tosco. Não aprendi nada nas aulas de “decoreba” gramatical, mas ao menos me esforço e não cometo erros por querer. Além do mais, rezo todo dia pela alma do pobre Camões!
Fica aqui a minha mais recente campanha: acenda uma vela pela paz da alma de Camões!

Um comentário:

Anônimo disse...

Camões merece mais do que uma simples vela! merece uma catedral hauauhauh!

e pelamor, o minguchês no meio acadêmico é uma ofensa à inteligência e ao bom gosto/senso. espero que não se espalhe muito mais !