segunda-feira, outubro 31, 2005

Bosansko Srce, Bosanska duša!

Esta é a primeira frase na minha apresentação no Orkut, mas o que vem a ser isto?
Para muitos são apenas quatro palavras em um idioma desconhecido, para outros é algo que pode ser traduzido literalmente, mas para mim e para os meus é muito mais do que simplesmente isto.
Bosansko Srce, Bosanska duša é na verdade uma declaração de amor eterno e incondicional, de um pertencer e identifica-se mesmo quando longe e sem nunca efetivamente ter feito parte.
É querer estar e querer ser, mesmo sendo isto impossível ou improvável. É querer buscar-se, tentar encontra-se nos lugares que não se conhece, identificar-se com estranhos que vão nas ruas de uma cidade distante; perder-se, encontra-se e reconhecer-se lá.
É entregar-se ao desconhecido, é idealizá-lo e pouco preocupar-se com sua real face. É não querer enxergar as cicatrizes que vão nas almas e que também tornam-se palpáveis.
Bosansko Srce, Bosanska duša pode ser e talvez seja mesmo um fado. Um fado lavado que se carrega n’alma, como um karma, um destino, uma cruz. Um fado sem guitarra, mas com o mesmo gosto de sal e cheiro de cravo.
Com todos os elementos do Fado do Fados, um pouco de “amor, ciúme, cinza e lume, dor e pecado” com tudo aquilo que existe e tudo o que é triste.
Bosansko Srce, Bosanska duša é o meu fado. Cada um leva consigo um fado, e este é o meu.
Se não entendeu, não procure a tradução das palavras, procure saber o que é o fado e sinta o fado, o fado rasgado, o Fado dos Fados.

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